quarta-feira, 27 de junho de 2012

Big Bang não precisou de Deus


No eterno debate sobre a existência de Deus, há quem argumente que, sem um Criador, o próprio Big Bang não teria existido. Para o astrofísico Alex Filippenko, da Universidade da Califórnia (EUA), porém, não é bem por aí. “O Big Bang pode ter ocorrido simplesmente graças às leis da Física”, disse recentemente durante a SETICon 2 (sigla em inglês para 2ª Conferência da Busca de Inteligência Extraterrestre). No bizarro mundo da Física Quântica – que opera em escala subatômica –, matéria e energia aparecem e somem de repente, sem qualquer explicação. E isso, sugerem alguns pesquisadores, pode estar por trás da origem do Universo. [Clique aqui para ler sobre a concepção de “nada” dos físicos.]

“Se aqui nesta sala você ‘torcesse’ o tempo e o espaço da maneira certa, poderia muito bem criar um novo universo. Talvez não conseguisse entrar nele, mas iria criá-lo”, sugeriu o astrônomo Seth Shostak, do Instituto SETI, durante a conferência.

Antes que os ateus possam levantar e dizer “ahá!”, Filippenko ressaltou que há uma grande distância entre mostrar que Deus não foi necessário para o Big Bang e provar que Ele não existe de fato. “Não acho que você possa usar a ciência para provar a existência ou não existência de Deus”, opinou.

Além disso, se o Universo surgiu simplesmente a partir das Leis da Física, de onde surgiram as próprias Leis? Se Deus as criou, de onde Ele veio? E o debate continua…


Nota: A cegueira não tem limites quando as pessoas se afundam na incredulidade. O absurdo chega a tal extremo que alguns cientistas buscam ETs dos quais não há evidência alguma (ou seja, “ciência” sem objeto de estudo), enquanto negam o óbvio: se existem leis, é necessário que exista, sim, um legislador. E quanto à origem desse legislador? A pergunta “De onde Ele veio?” não se aplica a Deus, porque Deus é eterno. Essa pergunta corretamente formulada fica assim: “Qual a origem de algo que teve começo?” O Universo teve um começo, portanto, precisa de uma causa. Deus não teve começo, portanto, não precisa de uma causa. Na verdade, Ele é a causa de todas as coisas (Colossenses 1:16). A verdadeira questão não é se o Big Bang precisou de Deus, mas, sim, se Deus precisou do Big Bang para criar o Universo. Leia mais sobre isso aqui.[MB]

Pastor Marco Feliciano e psicóloga Marisa Lobo debaterão projeto apelidado de “cura gay” em audiência pública na Câmara dos Deputados


Pastor Marco Feliciano e psicóloga Marisa Lobo debaterão projeto apelidado de “cura gay” em audiência pública na Câmara dos DeputadosAmanhã, 28/06, será realizada na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, uma audiência pública para debater o projeto apelidado pela mídia de “cura gay”, com a presença da psicóloga Marisa Lobo, os deputados Marco Feliciano, Roberto de Lucena e João Campos.
O texto do projeto prevê a permissão legal para que psicólogos atendam a pacientes homossexuais que procurarem ajuda com os profissionais da área para reverter sua condição homossexual.
O projeto, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO) prevê a criação de um decreto legislativo que suspenda dois artigos da resolução do Conselho Federal de Psicologia, que define as atividades dos profissionais em psicologia, e proíbe que estes emitam opiniões públicas sobre o assunto, ou abordem a homossexualidade como transtorno.
Para Campos, que é presidente da bancada evangélica, o CFP “extrapolou seu poder regulamentar”, e errou ao “restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional”.
O presidente do CFP, Humberto Verona, questiona a legalidade do projeto e tem dúvidas se o decreto, caso aprovado, poderá interferir na autonomia do órgão. Verona afirma que o código de ética foi criado para combater “uma intolerância histórica” contra os homossexuais.
Segundo informações do gabinete do deputado Roberto de Lucena, que é relator do projeto, Verona afirmou que não comparecerá à audiência pública a pedido da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABGLT).
O presidente da ABGLT, Toni Reis, enviou carta pública a Humberto Verona, manifestando sua contrariedade com o projeto e solidarizando-se com o Conselho Federal de Psicologia, em sua postura contrária ao projeto.
Em trecho da carta, Reis afirma que a audiência pública a ser realizada amanhã “é uma afronta à ciência, à dignidade humana, aos direitos humanos, à laicidade do Estado e à autonomia do Conselho Federal de Psicologia no que diz respeito às suas deliberações quanto à conduta e à ética profissional, além da composição da maioria dos/das convidados/as da Audiência indicar viés pela predominância do discurso da intolerância religiosa em detrimento dos ideais da democracia igualitária”.
A psicóloga Marisa Lobo afirmou que “o projeto do deputado João Campos tem como objetivo sustar dois artigos (02 e 03) da resolução 01/999, que regulamenta atuação do psicólogo frente a homossexualidade, e  não permite e intimida quem busca tratamento para mudar sua condição, sugerindo claramente que se há sofrimento psíquico, deve se  a não aceitação social e que, se um homossexual busca ajuda para mudar a condição é por pressão da família ou por causa da religião”
Lobo ressalta que “a psicologia afirma que o homossexualismo não é doença, logo não há como mudar, e ninguém questiona por medo da mídia, que incentiva a divulgação do termo homofobia. Ou seja, quem ousar descordar é acusado de ser homofóbico, contrariando a constituição e a declaração de direitos humanos”.
Confira abaixo, parte do discurso que a psicóloga cristã Marisa Lobo preparou para a audiência pública, e antecipou ao Gospel+:
Se a homossexualidade é ou não uma doença, não existe nenhum consenso sobre este tema na comunidade científica internacional.
Em 1973, baseados em dados empíricos, juntamente com considerações sobre mudanças de normas sociais e também em consequência do desenvolvimento de uma comunidade politicamente ativista gay nos Estados Unidos da América (o National Gay Task Force – Força Tarefa Gay Nacional), o Conselho de Administração da Associação Psiquiátrica Americana decidiu retirar a homossexualidade do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). Alguns psiquiatras que se opuseram a esta ação posteriormente enviaram uma petição solicitando uma votação sobre a questão por membros da Associação. Essa votação foi realizada em 1974, e a decisão do Conselho de Administração foi ratificada. E, como já dito acima, em 1990 uma resolução também removeu a homossexualidade como transtorno mental da Classificação Internacional de Doenças (CID).
As provas são incontestáveis a remoção da homossexualidade do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (o que se estendeu à CID), se deu por votação, evidenciando assim uma atitude completamente desprovida de substrato fundamental científico. Logo, afirmar que a homossexualidade não é uma doença simplesmente porque um grupo de indivíduos votou a favor de sua remoção do DSM não se constitui em uma afirmação científica. Não se submete a votações aquilo o que já está cientificamente demonstrado, e se assim não ocorreu com a homossexualidade, isto é uma evidência de que a retirada da homossexualidade do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) não se baseou em dados científicos comprovados, mas em um conjunto de fatores que incluiu opiniões, posicionamentos ideológicos, políticos, dentre outros interesses. E como já dito, a ratificação da decisão se deu por votação.
A tal votação se deu em 9 de abril de 1974, e que, aliás, pode ser chamada de qualquer coisa, menos de unânime ou de “evidência científica”. Do total de membros da Associação Psiquiátrica Americana (APA) aptos a votar, apenas 58% deles votou. E o resultado da votação foi o que se segue:
-55% dos membros da APA votaram a favor da remoção da homossexualidade como transtorno mental do DSM. -45% votaram a favor da manutenção do status de transtorno psiquiátrico para a homossexualidade no DSM.
Em se levando em consideração o total de 100% dos membros da APA aptos ao voto, destes somente 32.7% votou a favor da remoção da homossexualidade como transtorno mental do DSM. Ou seja, menos de um terço do total dos membros da Associação Psiquiátrica Americana. E com uma margem de vantagem bastante modesta.
A RETIRADA DO TERMO “DOENÇA” DA CID 10
O Dr. Robert Sptizer foi o psiquiatra que desencadeou a retirada do termo doença atrelado ao homossexualismo da CID-10. Mas, ao revisar os seus posicionamentos, para desespero do movimento gay mundial, ele reconheceu a possibilidade de mudança.
Assim, o Dr. Robert Spitzer estudou 200 casos de pessoas que afirmam ter deixado tanto o comportamento quanto a atração sexual por pessoas do mesmo sexo, e declarou: “Da mesma forma que muitos psiquiatras, eu pensava que alguém pudesse resistir ao comportamento homossexual, mas que ninguém pudesse realmente mudar a orientação sexual. Agora, acredito que isso é falso: algumas pessoas podem mudar e realmente mudam” (SPITZER, 2003, p. 403-417). O Dr. Robert Spitzer declara, ainda, que pessoas suficientemente motivadas conseguem deixar o estilo de vida gay. A pesquisa foi apresentada na Associação de Psiquiatria Americana e publicada logo em seguida.  A psicologia no Brasil nega esta fato, finge que ele não existe , ou seja mecanismo de defesa do ego. Freud explica.
“Não existe consenso entre os cientistas a respeito das razões exatas pelas quais um indivíduo desenvolva uma orientação heterossexual, bissexual, gay ou lésbica. Mesmo embora diversas pesquisas tenham examinado as possíveis influências genéticas, hormonais, de desenvolvimento, sociais e culturais sobre a orientação sexual, nenhum achado jamais emergiu a fim de permitir que cientistas concluam que a orientação sexual seja determinada por qualquer fator, ou fatores.” (American Psychological Association. Understanding Sexual Orientation and Gender Identity)
Sendo assim, a asseveração de que “a Ciência atesta que a homossexualidade não é uma doença psiquiátrica” é desprovida de fundamentação científica. E muito mais desprovida ainda de fundamentação é a assertiva de que “a homossexualidade é uma condição natural e normal”, sendo esta última asseveração uma segunda inserção psicológica e sofismática mais do que evidente. A Ciência autêntica não comporta este tipo de malabarismo. -Dr Eduardo Adnet, médico Especialista em Psiquiatria Titulado pela Associação Brasileira de Psiquiatria e Associação Médica Brasileira.
A ciência não é um fim em si mesmo, mas é antes um precioso e poderoso instrumento através do qual inegáveis progressos têm surgido visando o conforto e o bem estar dos seres humanos. Ciência autêntica implica, obrigatoriamente, em imparcialidade e em respeito ao conhecimento legítimo, não deturpado ou deformado por interesses escusos, sejam eles quais forem e procedam de onde quer que seja.
A Homossexualidade é Genética?
Outra argumentação pseudocientífica é a de que a homossexualidade seria genética. Isto jamais foi comprovado. O pesquisador Simon LeVay, que estudou as diferenças no hipotálamo em cérebros de homens homossexuais e heterossexuais atestou:
“É importante observar o que eu não encontrei. Eu não provei que a homossexualidade seja genética, nem tampouco encontrei uma causa genética para a homossexualidade. Eu não demonstrei que homens homossexuais nasçam assim, o erro mais comum que as pessoas cometem quando interpretam meus trabalhos. Nem tampouco localizei nenhum centro gay no cérebro.” (Homosexual Urban Legends, The Series; Traditional Values Coalition).
A OMS não removeu da sua classificação, mudou apenas a nomenclatura. Hoje é chamada atualmente de desordem:  http://apps.who.int/classifications/icd10/browse/2010/en#/F60-F69.
O F-64, por exemplo, trata das desordens de identidade de gênero (transexualismo, travestismo de duplo papel, desordem da identidade de gênero em crianças, outras desordens de identidade de gênero e as desordens da identidade não especificadas).
O F-66 trata das desordens comportamentais e psicológicas associadas ao desenvolvimento e orientação sexual (desordem na maturidade sexual, orientação sexual egodistônica, desordens no relacionamento sexual, outras desordens no desenvolvimento psicossexual e desordens no desenvolvimento psicossexual não especificadas).
O F-65, trata das desordens de preferência sexual (fetichismo, travestismo fetichista, exibicionismo, voyeurismo, pedofilia, sadomasoquismo, desordens múltiplas de preferência sexual e outras desordens de preferência sexual). Confiram no próprio site da OMS.
Fonte: Gospel+

A Guarda Dominical e o “deus Sol”


“Que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atentem os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer a miúdo que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu.”1

Esse decreto foi promulgado em 07 de março de 321 pelo imperador Constantino (Flavius Valerius Constantinus) e visava, dentre outros motivos, tornar o dia dedicado ao “deus Sol Invictus” oficial para os cultos pagão e cristão. A veneração à essa divindade pagã tem forte ligação com o Mitraísmo, que era a religião predominante no alto império. Sobre o edito de Constantino, comenta-se:
“O imperador Constantino, um converso ao cristianismo, introduziu a primeira legislação civil a respeito do domingo, em 321, quando decretou que todo o trabalho deveria cessar no dia do Sol; exceto os agricultores que poderiam trabalhar se fosse necessário. Esta lei, que visava dar tempo para o culto, foi acompanhada por mais restrições nas atividades dominicais nos séculos posteriores.”2
“Séculos da era cristã se passaram antes que o domingo fosse observado pela Igreja Cristã como o sábado. A História não nos fornece uma única prova ou indicação de que fosse observado antes do edito de Constantino em 321 d.C.”3
“Todavia, qualquer que tenha sido a opinião e a prática destes primeiros cristãos em relação à cessação do trabalho no domingo, sem dúvida, a primeira lei, seja eclesiástica ou civil, na qual a observância sabática daquele dia se sabe ter sido ordenada, é o edito de Constantino, 321 d.C.”4
“Constantino tinha governado na Gália e na Grã-Bretanha, onde ele melhorou as condições para os cristãos. E quando chegou ao poder em 313 d.C., ele uniu-se a Maxêncio para comemorar o edito de Milão pelo qual os direitos civis foram concedidos aos cristãos, as suas propriedades restauradas e, a liberdade religiosa universal foi garantida a todos. Em 321 d.C., Constantino tendo se tornado imperador único, emitiu seu famoso edito proibindo determinados trabalhos e o comércio aos Domingo. (…) Sessenta e seis anos depois, 387 d.C., em outro decreto romano, o Domingo é chamado de ‘o dia do Senhor’(a).”5
Constantino era mitraísta, seguidor do deus Sol e, segundo os relatos históricos ele foi o primeiro imperador a se converter ao cristianismo, mas, por motivos políticos e religiosos não abandou de forma definitiva suas antigas crenças pois era grande a influência que ele, como imperador, exercia sobre os seus súditos pagãos. Esse decreto-lei foi incluído no Direito Civil Romano e direcionava-se a todos do império. Na esfera civil, Constantino proporcionou o primeiro meio legislativo para que o domingo fosse seguido pelo cristianismo apostatado e disseminado ao redor do mundo como o substituto do sábado do Senhor.
Paralelamente às mudanças que ocorriam no paganismo dentro do Império Romano, o cristianismo iniciava sua deplorável jornada rumo a apostasia se desviando do genuíno evangelho de Cristo; e os apóstolos Paulo e Pedro advertiram quanto a isso (II Tessalonicenses 2:7-8II Pedro 2:1-3). Com a morte dos primeiros discípulos que pregavam integralmente e unicamente o que Cristo lhes ensinara, as gerações posteriores de cristãos foram gradativamente abandonando a “sã doutrina” e inevitavelmente sucumbiram aos falsos ensinos (II Timóteo 4:3-4II João 1:8-9). Uma das consequências dessa atitude foi a mudança na lei de Deus(b), onde o segundo e quarto mandamento foram anulados (Daniel 7:25 cf I Timóteo 1:3-11).
Alguns cristãos em pleno declínio espiritual iniciavam a estranha comemoração do “festival da ressurreição” nas manhãs de domingo, retornando em seguida ao seus afazeres. Outros, motivados pelo ódio, começaram a transgredir o quarto mandamento alegando o desvencilhar de qualquer relação com os judeus, e se baseavam no extremismo que os fariseus tinham em relação ao sábado. O bispo Eusébio sobre isso revela:
“Por sorte não temos nada em comum com a multidão de detestáveis judeus, por que recebemos de nosso Salvador, uma dia de guarda diferente.”6 ”Todas as coisas que era dever fazer no sábado, estas nós as transferimos para o dia do Senhor, como o mais apropriado para isso, este [domingo] é o principal na semana, é mais honroso que o sábado judaico.”7
Tertuliano, patrístico do século III, discorrendo sobre a “festividade da ressurreição” relata como os cristãos que abandonaram as Escrituras Sagradas eram confundidos com os pagãos:
“Outros (…) supõem que o sol é o deus dos cristãos, porque é um fato bem conhecido que rezamos para o leste, ou porque fazemos do domingo um dia de festa.”8 ”Porém, muitos de vocês, igualmente, às vezes sob o pretexto de adorar os corpos celestes, movem seus lábios na direção ao nascer do sol. Da mesma forma, se nós dedicarmos o dia do Sol com alegria, a partir de uma razão muito diferente do culto ao Sol, teremos alguma semelhança com aqueles que cultuam no dia de Saturno (…)”9
Outra alegação apresentada para alterar o dia de descanso bíblico era que, a observância dominical imposta por Constantino seria uma boa oportunidade para atrair os pagãos ao cristianismo. Entretanto, a História demonstra que ocorreu o inverso, a desobediência a Deus proporcionou a infiltração do paganismo no cristianismo. O abandono gradativo das Escrituras por esses cristãos conduziram as gerações posteriores da igreja a adotar o domingo como dia de guarda. Assim, cristianismo degenerado e paganismo convergiram para um mesmo dia de descanso e adoração.
Constantino passou a lidar com as dificuldades em conciliar esses seguimentos religiosos e, cada decisão era instruída cuidadosamente pelos seus ministros para evitar conflitos. Em seus decretos ele utilizava de forma equilibrada um linguajar adaptado que conciliava os princípios cristão e pagão, como por exemplo: chamar de “dia do Sol” o primeiro dia da semana (domingo) que os pagãos chamavam de “dia de Mitra” e “dia do deus Sol Invicto”. Ele empregou deste modo uma expressão que não ofendia as duas classes.10Adiante algumas declarações sobre estes fatos:
“Quando a Igreja tornou-se um departamento do Estado pelos imperadores cristãos de Roma, a observância do domingo foi imposta pela lei civil. Quando o Império Romano findou, o cargo depontifex maximus, uma vez exercido pelo imperador de Roma foi reivindicado pelo bispo de Roma, e a observância do domingo foi imposta por lei eclesiástica, assim como a lei civil.”11
“Os cristãos trocaram o sábado pelo domingo. Constantino, em 321, determinou a observância rigorosa do descanso dominical, exceto para os trabalhos agrícolas. (…) Em 425 proibiram-se as representações teatrais e no século VIII aplicaram-se ao domingo todas as proibições do sábado judaico.”12
“O imperador Constantino, antes de sua conversão, reverenciava todos os deuses (pagãos) como tendo poderes misteriosos, especialmente Apolo, o deus do Sol, ao qual, no ano 308, ele conferiu dádivas riquíssimas; quando se tornou monoteísta, o deus a qual adorava era – segundo nos informaUhlhorn - o ‘Sol inconquistável’ e não o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Na verdade quando ele impôs a observância do dia do Senhor (domingo) não o fez sob o nome de sabbatum ou dies Domini, mas sob o título antigo, astrológico e pagão de dies Solis, de modo que a lei era aplicável tanto aos adoradores de Apolo e Mitra como aos cristãos.”13
“(…) A conservação do antigo nome pagão de ‘dies Solis‘ ou ‘Sunday’, para a festa semanal cristã, é, em grande parte, devida à união dos sentimentos pagão e cristão; assim o primeiro dia da semana foi recomendado por Constantino aos seus súditos, tanto pagãos como cristãos, como o ‘venerável dia do Sol’. Seu decreto, que regulamenta esta observância, tem sido com justiça chamado de ‘uma nova era da história do dia do Senhor’. Foi o seu modo de harmonizar as religiões discordantes do império,unindo-as sob uma constituição comum.”14
“(…) o patriotismo de boa vontade uniu-se à conveniência de fazer desse dia [domingo], de uma vez, o dia do Senhor deles e seu dia de repouso. (…) Se a autoridade da igreja deve ser passada por alto pelos protestantes, não vem ao caso; porque a oportunidade e a conveniência de ambos os lados constituem seguramente um argumento bastante forte para uma mudança.”15
“Foi uma conversão política, e como tal foi aceita; Constantino foi pagão até próximo de sua morte. E quanto ao seu arrependimento final, abstenho-me de julgar.”16 ”Ele impôs a todos os súditos do império romano a observância do ‘dia do Senhor’ como um dia de repouso (…) que fosse honrado o dia que se segue ao sábado.”17
“Para entender plenamente as provisões desta legislação, a atitude peculiar de Constantino deve-se ser levada em consideração. Ele não se achava livre de todo o vestígio da superstição pagã. É provável que antes de sua conversão ele tenha devotado culto especialmente a Apolo, o deus-Sol.(c)(…) O problema diante dele era legislar em favor da nova fé de modo a não parecer totalmente incoerente com suas práticas antigas, e não entrar em conflito com o preconceito de seus súditos pagãos. Estes fatos explicam as particularidades deste decreto. Ele denomina o dia santo, não de ‘dia do Senhor’, mas de ‘dia do Sol’, a designação pagã, e assim o identifica com o seu antigo culto a Apolo.”18
“Os gentios eram um povo idólatra que adorava o Sol, e o domingo era o seu dia mais sagrado. Ora, a fim de conquistá-los nessa nova área, senão parecia natural, ao menos fazia-se necessário tornar o domingo o dia de repouso da igreja. (…) Naquele tempo tornou-se essencial para a igreja adotar o dia dos gentios ou mudá-lo. Mudar o dia dos gentios teria sido uma ofensa e pedra de tropeço para eles. A igreja podia naturalmente ganhá-los melhor, observando o dia deles. (…) Não havia necessidade em causar uma desnecessária ofensa desonrando o dia deles.”19
Considerações Finais
Constantino foi orientado a promulgar o edito de tal forma que atendesse as exigência políticas e religiosas dos pagãos e cristãos da época. Após o fim do Império Romano, uma de suas instituições, a Igreja de Roma (em avançado estágio de apostasia), permaneceu atuante, ganhou mais autonomia e autoridade. E, valendo-se desse edito consolidou em seus concílios, como o de Laodicéia(d), a oficialização da guarda dominical dentro do cristianismo.
“No século III, o Império Romano se viu dilacerado pela guerra civil, devastado pela peste, a doença, e governado por uma vertiginosa sucessão de imperadores, todos apoiados num exército cada vez mais esgotado por terríveis inimigos externos. Na fermentação das religiões orientais e das novas filosofias, esfumaram-se as antigas certezas: para muitos, foi um período de ansiedade aguda. Para a Igreja(e), ao contrário – e até certo ponto em consequência de tal situação – a era foi de crescimento e consolidação.”20
“A conversão de Constantino lançou os bispos de Roma no âmago do establishment romano. Já poderosos e influentes, eles se tornaram celebridades comparáveis aos mais prestigiados senadores da cidade. Era de se esperar que os bispos de todo mundo romano assumissem, agora, o papel de juízes, governadores, enfim, de grandes servidores do Estado.”21

Vídeo relacionado: O Sétimo Dia – Programa 04
c. Gieseler’s “Ecclesiastical History“. As moedas de Constantino tinham impressas simultaneamente a imagem de Apolo e o nome de Cristo.
e. Igreja de Roma.
1Codex Justinianus - Corpus Júris Civilis, lib. 3, tit. §12 (3).
2. Sunday. (2010). Encyclopædia Britannica. Chicago: Encyclopædia Britannica.
3. DOMVILLE, W. (1849). The Sabbath: An examination of the six texts commonly adduced from the New Testament in proof of a Christian Sabbath, Londom: Chapman and Hall, chap. VIII, p. 291.
4. Sabbath. (1873). Chambers’s Encyclopædia, vol. VIII, Philadelphia: J. B. Lippincott & Co., p. 401a.
5The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, vol. XI, p. 147b; (Art.: Sunday, sec. 3).
6. Eusebius, Life of Constantine, book III, chap. XVIII.
7. Eusebius’s Commentary on the Psalms (Psalm 92: A Psalm or Song for the Sabbath-day). Too in: Migne’s Patrologia Graeca, vol. XXIII, col. 1171-1172.
8. Tertullian, ApologeticAd Nationes, book I, chap. XIII.
9. Tertullian, ApologeticApology, chap. XVI.
10. GIBBON, E. (1776). The History of the Decline and Fall of the Roman Empire, vol. III, chap. XX, §§ 6-9.
11. Sunday. (1920). The Encyclopedia Americana Corporation, New York: Albany, p. 31a.
12Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, verbete: “Domingo“. Quoted in: CHRISTIANINI, A. B. (1981). Subtilezas do Erro, 2.ª ed., cap. 37, p. 237.
13. Talbot Wilson Chambers, The Old Testament Student, Published: The University of Chicago Press, (January, 1886), p.193-194.
14. STANLEY, A. P. (1869). Lectures on the History on the Eastern Church, 4.ª ed., London: John Murray, p. 193.
15North British Review, vol. 18, p. 409. Quoted in: CHRISTIANINI, A. B. opcit. p. 240.
16. Tertullian, Against Marcion: Elucidation II, book IV.
17. Eusebius, Life of Constantine, book IV, chap. XVIII.
18. ELLIOT, G. (1884). The Abiding Sabbath: An Argument for the Perpetual Obligation of the Lord’s Day, American Tract Society, chap. V, p. 228-229.
19. FREDERICK, WM. (1900). Three Prophetic Days: Sunday The Christian’s Sabbath, p. 169-170.
20. DUFFY, EAMON. (1998). Santos e Pecadores: História dos Papas, São Paulo: Cosac & Naify, p. 16.
21Ibidem, p. 29.